15 de mai. de 2010

Doação de ossos ao HC cai 52%

Mesmo com a queda na média mensal, banco do hospital paranaense ainda tem o maior número de doadores.
A desinformação tem prejudicado as doações ao Banco de Ossos do Hospital de Clínicas (HC), de Curitiba. Enquanto no ano passado o banco recebeu 47 doações do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso – média de 3,92 por mês –, em 2008, até 31 de julho, foram somente 13 os doadores – média mensal de 1,86, o que representa uma queda de mais de 52%.

Essa redução no número de doações se reflete também na quantidade de transplantes de ossos neste ano. Enquanto de janeiro a julho de 2007 foram feitas 98 cirurgias, nos primeiros sete meses deste ano 2008 ocorreram apenas 59. Na mesma situação está o número de transplantes de coração. Houve queda de 21% no período de janeiro a julho de 2008, se comparado com igual período do ano passado. (Veja infográfico ao lado.)
Os ossos doados podem ser usado em sua forma original ou em pó, e um doador pode fornecer pedaços de ossos para até 100 pessoas, o que explica o fato de a quantidade de transplantes ser maior do que a de doadores.


O Brasil tem hoje outros cinco bancos de ossos: um no Rio Grande do Sul, três em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Mas, de acordo com Paulo Alencar, diretor do HC, o banco do Paraná é o que recebe mais doações. Alencar afirma que o banco, com capacidade para preparar os tecidos de 10 doadores por mês, atende à medida que chegam os pedidos, tanto de pacientes particulares como de pacientes do SUS. “Recebemos 150 ligações por dia, entre pedidos de ossos e de informações”, afirma. “Não sabemos quantos estão esperando. Calculamos que, se fôssemos receber quatro doações por mês, a espera seria de três meses aproximadamente.”

De acordo com ele, entre as causas do baixo número de doações está a desinformação sobre o procedimento de remoção dos ossos dos cadáveres. “As famílias têm medo porque se preocupam com a reconstituição do corpo”, conta. “Mas onde foram retirados os ossos são colocados tubos de plástico. Além disso, não são retirados ossos de lugares que ficam expostos, mas de pernas e braços.”

Indicações
O transplante de ossos é utilizado em casos de troca de próteses nas articulações de quadril e joelho, correção de deformações na coluna e pacientes com tumores, que antes tinham os membros amputados. Os doadores podem ser pacientes que tenham sofrido morte encefálica ou parada cardiorrespiratória.

Após ser retirado, o osso fica armazenado em um freezer a -85ºC e é feita uma série de exames para ter certeza de que o receptor não seja contaminado com bactérias, fungos ou vírus. O osso fica em quarentena por cerca de quatro semanas antes de ser reutilizado.

Audiência pública
Para discutir ações que aumentem as doações de órgãos e tecidos, foi promovida ontem audiência na Comissão de Saúde Pública da Assembléia Legislativa. Além de representantes do Banco de Ossos, participaram representantes do Banco de Válvula Cardíaca da PUC Paraná, do Banco de Olhos do HC e da Central de Transplantes do Paraná.

Durante a reunião surgiu a proposta a criação de centro cirúrgico dentro do Instituto Médico-Legal (IML), para que órgãos e tecidos possam ser retirados no dentro do próprio IML. “Os órgãos e tecidos poderiam ser retirados enquanto o corpo aguarda a autópsia”, sugeriu Gerson Tavares, presidente do banco de tecidos do Hospital das Clínicas.

Embora haja um aumento no número de doações de órgãos e tecidos de maneira geral, esse aumento não é suficiente para atender às necessidades. Segundo Hamilton Moreira, do banco de olhos do Hospital das Clínicas, esse é o caso das córneas. “Alguns anos atrás, a espera por um transplante era de dois anos. Hoje é de cerca de oito meses”, conta. Mas, apesar do aumento, as doações ainda estão abaixo do ideal. “A cada dez abordagens, uma ou duas acabam resultando na doação”, afirma.

De acordo com Tavares, para aumentar as doações, a força dos depoimentos de pessoas que tiveram transplantes na família é maior do que campanhas de conscientização.
(Fonte: jornal Gazeta do Povo - www.gazetadopovo.com.br)

14 de mai. de 2010

ANVISA Participa de Campanha por cirurgia segura

Melhorar a segurança do cuidado cirúrgico em todo o mundo, definindo padrões de segurança que podem ser aplicados em todos os países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse é o objetivo do 2º Desafio Mundial para a Segurança do Paciente, lançado nesta quinta-feira (13/05/10).
(saiba mais:  http://www.anvisa.gov.br/ )

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

A finalidade institucional da Agência é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados.

PROTEÇÃO A SAÚDE
Sangue, Tecidos e Orgãos
O uso de sangue, outros tecidos, células e órgãos humanos para tratamento de agravos é uma tecnologia já disponível no Brasil. Para garantir a qualidade e a segurança destes tratamentos, a vigilância sanitária elabora normas e regulamentos técnicos, inspeciona os serviços credenciados, capacita profissionais e monitora a ocorrência de eventos adversos com a utilização das tecnologias disponíveis. Na Anvisa, essas atividades são desempenhadas pela área de Sangue outros Tecidos, Células e Órgãos.
Transfusão de sangue, implante de tecidos e transplante de órgãos tem sempre um risco para o receptor. Produtos e processos sem padrão de qualidade podem acarretar agravos ao paciente, entre os quais transmissão de doenças como a AIDS, hepatites B e C; além de resultados sem eficácia podendo causar graves danos a saúde do usuário. A vigilância sanitária trabalha para reduzir ao mínimo esses riscos.
Em Sangue, Tecidos e Órgãos do site da Anvisa estão disponíveis: legislação vigente que regulamenta essas atividades, eventos nacionais e internacionais e publicações dessas especialidades. Constam também informações dessa gerência e seus parceiros para maior eficiência das ações de garantia de qualidade para os cidadãos que venham a submeter aos procedimentos de implante ou transplante.

Campanha de Doação de Ossos do INTO

Doação de órgãos e tecidos

Com certeza você já ouviu falar em transplante de medula, coração, córneas, rins, fígado... Vocêsabia que também existe o transplante de ossos? Isso mesmo! Ossos. Aqui no Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia (Into) está apto, desde 1989, a fornecer quase mil transplantes de tecidos músculo-esqueléticos por mês, mas, devido à desinformação e ao preconceito da população, esta cifra vem sido reduzida consideravelmente a cada ano.

Quem pode doar?
Qualquer pessoa que queira ajudar, desde que não tenha tido câncer, osteoporose ou doenças infecciosas transmitidas pelo sangue, como hepatite, aids e malária, ou tenham feito uso recente e prolongado de corticóide. É muito importante também que esses futuros doadores expressem ao longo da vida a vontade de ajudar o semelhante, já que a autorização é dada pela família depois de confirmada a morte do doador.

Quais os casos que necessitam de transplante?
Nas diversas patologias as quais apresentam perdas ósseas como tumores, trocas de próteses articulares, problemas odontológicos, etc.

Existe o risco de retirarem os meus ossos, estando eu ainda vivo?
Resposta: Não. A doação só pode ser feita depois de confirmada a morte do doador, sendo ela encefálica ou cardíaca e após o consentimento da família.

Como funciona o processo de doação?
Para colaborar com a campanha, a pessoa que possuir um parente internado em emergência de qualquer estabelecimento de saúde, que venha a óbito, deve solicitar ao profissional que acompanha o caso que notifique o Programa Rio Transplante, órgão responsável por acionar o Banco de Ossos do Into. Os telefones do programa são (21) 2264-9855 ou 2587-6111. Feita a notificação, um funcionário do programa vai até o hospital e faz uma avaliação sobre a possibilidade de doação, que inclui um questionário de triagem. Após aprovação, o Programa Rio Transplante entra em contato como os hospitais interessados em órgãos ou tecidos, que se deslocam para as unidades hospitalares para fazer a retirada.

Se eu fizer a doação, meu cadáver ficará mutilado ou disforme?
Resposta: Não. O cadáver do doador passa por uma cuidadosa reconstrução. Retiram-se os ossos dos braços e das pernas e, em substituição, colocam se
outros de material sintético. Sendo assim, a aparência do doador permanece preservada.

Autorizada a doação, como é feito o processo de armazenamento?
Autorizada a doação, os ossos são encaminhados para o banco de ossos do Into, onde são processados em uma área especial com ar totalmente puro, para evitar contaminação por bactérias ou vírus. Depois disso, são colocados a uma temperatura de - 80º C, podendo ser guardados por até cinco anos. O Banco de Ossos do Into possui a capacidade de armazenar ossos de mais de cinqüenta doadores, com nível de segurança semelhante ao dos principais bancos do mundo, e também possui controle de qualidade em todos os estágios do processo.

Existe algum custo na relação doador/receptor?
Não. Todo o processo realizado pelo Into é gratuito, incluindo a distribuição. Vale também ressaltar que a captação e a distribuição de ossos feitas pelo Rio Transplante não implica em qualquer custo para a família do receptor.
O que diz a legislação com relação a doação: A Lei n.º 9.434, de 4/2/97, determina a obrigação de notificação de morte encefálica aos órgãos de coleta de transplante, mas não há obrigação para a notificação de morte em casos de parada cardíaca.


Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia
Tels.: (21) 3852-7772/2252-1624
Rio Transplante
(21) 2587-6111/2264-9855
Sistema Nacional de Transplante
0800-61-1997

PLANOS DE SAÚDE

Ortopedistas vão debater interferência do seguro-saúde no trabalho médico (19/4/2010)


A interferência dos planos de saúde na autonomia do médico chegou a tal ponto, que os ortopedistas de todo o Brasil marcaram um debate de caráter nacional para discutir o tema, à luz da ética profissional. A discussão será em Brasília, durante o congresso nacional, de novembro e tornou-se necessária, diz Robson Azevedo, que dirige a Comissão de Defesa e Dignidade Profissional, porque “a responsabilidade pela eficácia de um procedimento ou da escolha de um implante é do médico, que não pode submeter sua decisão à administração do plano de saúde”.

Para Robson, o problema é complexo, e reconhece que os planos de saúde têm razão quando reclamam que o governo inclui constantemente novos procedimentos a serem cobertos em contratos pré-existentes, sem permitir novo cálculo atuarial. “O que não pode ocorrer, entretanto, é que o administrador do plano determine que material deve ser utilizado em determinado paciente ou que determine qual a prótese que deve ser implantada”.

“Caso haja quebra ou oxidação de uma placa de má qualidade que o médico foi obrigado a colocar, quem responde é o cirurgião e não o plano de saúde”, insiste Robson, que fala em nome de toda a categoria profissional. O tema é importante, entende a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, porque atualmente existem cerca de 45 milhões de brasileiros que pagam por planos de saúde e merecem tratamento adequado.

“Novos recursos na Medicina estão surgindo e os gastos das operadoras estão aumentando. Não existe dinheiro novo nesse mercado. O plano sobrevive com o que ganha de seus usuários e os aumentos são regulados pela ANS. O resultado disso é que, diante do encarecimento da Medicina e sem poder cobrar mais do cliente, os planos de saúde buscam pagar menos ao hospital e ao médico, e aí é que surgem as distorções como as glosas indevidas, pagamentos atrasados, dificuldade nas negociações para reajustes nos preços, inclusive na implantação da CBHPM e agora, controlando os materiais que indicamos para tratamento dos nossos pacientes", insiste o especialista.

Para o debate nacional que prepara, a tese da SBOT é que o médico tem a obrigação ética de buscar o tratamento mais adequado para o paciente e não pode se subordinar a limitações de ordem financeira para se adequar às planilhas de custo das empresas. A discussão sobre ética e a autonomia do médico para indicar tratamento e material para seu paciente deverá abranger não só os médicos, diz o presidente da SBOT, Cláudio Santili, que vai convidar representantes dos seguros-saúde, da Agência Nacional da Saúde e da Anvisa para a discussão.

Para ele, é preciso analisar o problema em profundidade, garantindo inclusive a rastreabilidade do material utilizado nos pacientes, pois se uma prótese cuja vida útil é de dez anos precisa ser retirada após dois anos, é vital que seja descoberta a falha, se do material, se do seguro-saúde que autorizou a utilização de material de má qualidade ou eventualmente do próprio médico. “É obrigação do médico defender o seu paciente, e é isso que vamos fazer”, conclui o presidente da SBOT.

(Fonte: site SBOT - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - www.sbot.org.br)

13 de mai. de 2010

Novo Código de Ética Médica

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
RESOLUÇÃO No 1.931, DE 17 DE SETEMBRO DE 2009.

Capítulo VI
DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS

É vedado ao médico:

Art. 43. Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios artificiais para prolongar a vida do possível doador, quando pertencente à equipe de transplante.

Art. 44. Deixar de esclarecer o doador, o receptor ou seus representantes legais sobre os riscos decorrentes de exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de transplantes de órgãos.

Art. 45. Retirar órgão de doador vivo quando este for juridicamente incapaz, mesmo se houver autorização de seu representante legal, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei.

Art. 46. Participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou de tecidos humanos.

(Fonte: site Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - www.sbot.org.br )

PROMOVENDO A DOAÇÃO

"Transplante é muito mais do que uma simples cirurgia. É um procedimento que envolve a mais profunda conexão entre seres humanos." - James F. Burdick


O transplante é, sem dúvida, a tão esperada resposta para milhares de pessoas com insuficiências orgânicas terminais ou cronicamente incapacitantes. É, sem dúvida, um procedimento médico com enormes perspectivas, porém impossível de ser executado sem o consentimento de uma população consciente da possibilidade, da necessidade e responsabilidade de depois da morte, destinar os seus órgãos para salvar vidas.

12 de mai. de 2010

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A SAÚDE

A saúde, juntamente com a previdência e a assistência social, compõe a seguridade social. A Constituição Federal estabelece que as ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, que forma o Sistema Único de Saúde – SUS o qual tem por diretrizes a descentralização em cada esfera de governo; o atendimento integral; e a participação da comunidade. O financiamento do SUS é realizado por meio dos recursos do orçamento da seguridade social e de recursos de todos os entes políticos.

A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, conhecida por Lei Orgânica da Saúde – LOS, regula as ações e serviços de saúde e a estrutura do SUS. Já a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros.
(saiba mais: Fonte - site Tribunal de Constas da União - http://www.tcu.gov.br/)

LEGISLAÇÃO SOBRE O SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES

TRANSPLANTES

O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.
Para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a sua família esteja ciente da sua vontade. Assim, quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas. Lembre-se que alguns órgãos podem ser doados em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.

A política Nacional de Transplantes

A política Nacional de Transplantes de órgãos e tecidos está fundamentada na Legislação (Lei nº 9.434/1997 e Lei nº 10.211/2001), tendo como diretrizes a gratuidade da doação, a beneficência em relação aos receptores e não maleficência em relação aos doadores vivos. Estabelece também garantias e direitos aos pacientes que necessitam destes procedimentos e regula toda a rede assistencial através de autorizações e reautorizações de funcionamento de equipes e instituições. Toda a política de transplante está em sintonia com as Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, que regem o funcionamento do SUS.
(Fonte: site Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/ )

MINISTÉRIO DA SAÚDE - DOAÇÃO DE ORGÃOS

A Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, veiculada entre os dias 25 de setembro e 12 de outubro de 2008, traz o slogan “Tempo é vida”, que expressa o apelo daqueles que estão à espera de um transplante. O tempo é a questão mais preciosa do ponto de vista de quem espera por um órgão. Para atender a esse pedido e ser um doador não é preciso perder tempo: avise sua família, a quem cabe a palavra final para que a doação ocorra. A campanha reúne peças como cartaz, adesivo, mobiliário urbano, spot de rádio e de TV e será veiculada em todo o país.
(Fonte: site Ministério da Saúde http://www.portal.saude.gov.br/ )

SEJA UM DOADOR! Contribua para que vários pacientes voltem a sorrir!

Em 2009, 31 pacientes foram beneficiados por cirurgias de transplante ósseo no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e resgataram a qualidade de vida que achavam, estar para sempre perdida. Hoje, completamente reabilitados, eles têm muito a agradecer aos doadores que permitiram que isso acontecesse. Assim como eles um dia precisaram de uma doação de ossos, muitos outros esperam pela mesma oportunidade. Infelizmente, há milhares de pessoas nesta fila em todo o país. Atualmente, somente no único Banco de Ossos público do Brasil, localizado no INTO, órgãos do Ministério da Saúde, existem 595 pessoas aguardando por cirurgias de transplante ósseo.
São pacientes que apresentam tumores ósseos que necessitam desse tipo de transplante para que a cirurgia de amputação seja evitada. Há também pessoas com próteses de quadril ou de joelho que devem ser trocadas devido ao desgaste do material.  Muitos deles perdem a capacidade de locomoção devido ao agravamento do problema, em função da falta de doação para a realização da cirurgia. Existem ainda, na fila de espera, crianças portadoras de graves deformidades da coluna vertebral que necessitam de cirurgia corretiva, entre outros casos.


BANCO DE OSSOS


O Banco de Ossos do Into tem  capacidade de armazenamento e processamento de tecido para realização de cerca de 600 transplantes por mês. No entanto, devido à carência de doadores, o número de cirurgias vem caindo a cada ano.
Se você quer ser um doador de ossos e tecidos, comunique essa vontade à sua família. Isso porque, quando ocorrer o óbito, a cirurgia para retirada do osso somente poderá ser efetuada com a autorização de parente próximo ou representante legal do doador. É importante, ainda, esclarecer que, após a retirada dos ossos, o corpo do doador é reconstruído de forma que sua aparência seja totalmente preservada. O processo de doação é também muito seguro para quem recebe. Diversos exames são realizados para afastar os riscos de transmissão de doenças infecto-contagiosas que possam comprometer a saúde do receptor.

DIVULGUE ESTA IDÉIA!

(Fonte: Into : http://www.into.saude.gov.br/)

QUEM PODE SER CANDIDATO À DOAÇÃO DE TECIDO?

Existem dois tipos de doadores de tecidos: o doador vivo e o doador cadáver. O doador vivo é o paciente que será submetido à cirurgia para colocação de prótese em quadril, na qual é retirada, durante o procedimento, a cabeça femoral. Para ser doador neste caso, deverá o paciente autorizar a utilização da cabeça femoral pelo banco através de consentimento informado. O doador cadáver é o paciente que evoluiu com morte encefálica ou parada cardíaca durante a sua internação hospitalar. A vontade de ser doador deve ser comunicada em vida à família, pois a doação ocorrerá após o óbito e a retirada do tecido só poderá ser feita mediante autorização, por escrito, do parente mais próximo ou responsável legal.

COMO OCORRE O PROCESSO DA DOAÇÃO DE TECIDOS?
Em todos os casos, serão realizados alguns exames sorológicos, um questionário epidemiológico e verificação de prontuário para minimizar a possível transmissão de doenças infecto-contagiosas transmitidas pelo sangue (como hepatites B e C, AIDS, malária e outras), que não indicam a doação. A doação também poderá ser excluída se o doador for portador, entre outros fatores, de alguns tipos de câncer, osteoporose, doenças infecciosas ou tiver utilizado, recentemente e por tempo prolongado, corticóide (substância usada em tratamentos de doenças inflamatórias reumáticas, renais e neurológicas).

No caso do doador vivo, durante a cirurgia de colocação da prótese no quadril, onde a cabeça femoral normalmente seria descartada, é realizada a captação da mesma para o banco.

No caso do doador cadáver, o processo começa com a notificação do óbito, pelo estabelecimento de saúde onde se encontra o doador, à Central Estadual de Transplantes, que irá averiguar as possibilidades deste paciente tornar-se doador. A Central de Transplantes entrará em contato com a família e, caso haja a disponibilidade da doação, a equipe de captação do INTO irá ao hospital onde se encontra o doador e realizará a cirurgia de retirada. O maior empecilho a doação de ossos é o desconhecimento da população de que o cadáver é reconstituído com material sintético, mantendo a aparência do doador preservada ao final do procedimento. Em nenhuma hipótese, são retirados ossos da face do doador.

COMO OCORRE O PROCESSAMENTO DO TECIDO?
O tecido levado para o banco de tecidos é armazenado em ultra-congeladores, que preservam o tecido captado em até oitenta graus negativos. O processamento é realizado em área com rigoroso controle de qualidade. Neste momento, são realizados mais testes para comprovar a qualidade do material e do procedimento de processamento do tecido. Exames bacteriológicos, fúngicos, radiológicos e histopatológicos vão minimizar os riscos para a saúde do receptor. Os resultados dos novos exames, juntamente com os resultados dos exames realizados durante a retirada do tecido, vão determinar a aprovação ou não do mesmo para o transplante.

COMO SOLICITAR UM TECIDO PARA TRANSPLANTE?
Os tecidos, após liberação para uso, atendem a cirurgias realizadas no INTO e também em outros hospitais que sejam cadastrados pelo SNT (Sistema Nacional de Transplantes). Somente o médico ou cirurgião-dentista responsável pelo paciente pode solicitar enxertos ao banco, desde que esteja cadastrados no SNT. Para tal, o banco disponibiliza formulários específicos para requisição de tecidos. O enxerto ósseo disponibilizado pelo Banco de Tecidos do INTO é totalmente gratuito, sendo financiado pelo Ministério da Saúde.

QUEM SÃO OS BENEFICIADOS COM A DOAÇÃO DE OSSOS?
Pacientes que precisam realizar cirurgias odontológicas para correção de falhas ósseas relacionadas aos dentes (entre outras) e pacientes que necessitem de cirurgias ortopédicas, como: revisão de artroplastias (cirurgias de revisão de próteses de quadril e joelho), ressecção de tumores ósseos, correção de falhas de consolidação óssea, cirurgias da coluna vertebral, correção de deformidades congênitas em crianças, correção de lesões meniscais ou ligamentares, entre outras.

(Fonte: Site INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia - http://www.into.saude.gov.br/)

BANCO DE TECIDOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS

O Banco de Tecidos Músculo-Esqueléticos do INTO é o responsável pela captação, processamento e distribuição de osso, tendões e meniscos para utilização em cirurgias de transplantes na área da ortopedia e odontologia. Possui equipes preparadas para realizar captações vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias ao ano e capacidade de armazenamento e processamento de material para realização de quase mil transplantes por mês.

O desenvolvimento tecnológico e a pesquisa na área de bancos de tecidos fazem parte de suas atividades, com o objetivo de aprimorar constantemente o processamento e a utilização desses tecidos.

Atua em campanhas de divulgação com o intuito de chamar a atenção da sociedade para os problemas enfrentados pelos bancos de ossos brasileiros, que necessitam urgentemente de doadores.

(Fonte: site INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia - http://www.into.saude.gov.br/)

INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia

Centro de excelência no tratamento de doenças e traumas ortopédicos de média e alta complexidades, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) segue uma trajetória inegável de avanços, comprovada pelos números no atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

11 de mai. de 2010

Colaboração

Elias Abrão - Que me ajudou a criar o Blog, "doando"  sua criatividade e seu trabalho de fotografia - em  "Vida Saudavel"!

9 de mai. de 2010

Um Pouco Sobre Mim

Deixo aqui um relato sobre minha trajetória no convívio com uma doença inflamatória crônica que acomete as articulações e outros orgãos e que ao longo dos anos foi deixando sequelas. Nunca desisti de superar  as limitações  causadas pela doença e hoje sinto a necessidade  de compartilhar esta experiência, em especial com as pessoas que trilham o mesmo "caminho".
Mas antes quero citar uma frase da escritora Adélia Prado que vem ao encontro desta vivência:

" Dôr não tem nada a ver com amargura.
Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais,
é para ensinar a gente a viver. Desdobravel.
Cada dia mais rica de humanidade."

Meu nome é Claudia Cristina de Faria - “Tina” para a família e amigos de infância - tenho 45 anos e fui diagnosticada com ARJ (Artrite Reumatóide Juvenil - Poliarticular) quando tinha 11 anos de idade. Não me lembro dos sintomas que eu tive na época e também não me lembro de sentir dores. Segundo minha mãe, eu comecei a mancar (aos 7 anos) e ela me levou num ortopedista, mas como eu não tinha  sintomas de dor, inchaço ou vermelhidão nas juntas, foi demorado o diagnostico da Artrite. Isto deve ter acontecido uns 4 anos mais tarde - quando eu já tinha 11 anos.
Parte da minha infância e adolecência foi muito marcada pelas idas e vindas de consultorios médicos e hospitais; recordo-me em levantar de madrugada para enfrentar a fila do INPS (ná época) e do Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina.
Eu não tinha idéia do "estrago" que a doença traria. Na época não tinha  tratamento profilaxo como hoje, então foi tudo muito experimental - tanto que no meu Cartão de Retorno do H.C, estava carimbado "Interesse Científico" - ou seja, era exeperimental mesmo.
Foram anos de corticóides e antiflmatórios potentes (Solganol, Bezatacil, ASS, Merticorten, Ridaura - sal de ouro - entre outros) o que me rendeu úlceras gástricas medicamentosa, problemas na visícula, fígado, etc.
Com 16 anos eu já tinha indicação para cirurgia de "prótese" parcial de quadril, mas não foi possivel a realização desta pela minha pouca idade.
Também vivia com o braço engessado pois a articulação do "punho" era muito fragilizada pelas inflamações causadas pela Artrite e qualquer movimento mais brusco era motivo de desencadear as dores e inchaço da articulação, daí vinha a necessidade de imobilizar; eu era adolecente ainda e lembro que de tanto isto acontecer eu  ia sozinha para o hospital.
Aprendi a conviver com a dôr e com a limitação dos movimentos físicos, mas no começo não foi fácil pois muitas vezes fui excluida de trabalho em grupo, de jogos na escola, principalmente na aula de educação física  que até acabei "sendo dispensada", por não conseguir acompanhar as atividades que eram dadas para os alunos "normais". Isto me marcou um bocado pois representava um momento de brincadeira, de descontração em que eu era excluida.
Fiz tratamento por 25 anos consecutivos, depois fui levando com antinflamatórios para controlar as dores, mas há 8 anos tive que fazer a artroplastia (prótese) unilateral (esquerdo) do quadril pois já não conseguia mais andar de tanta dôr. A cirurgia foi um sucesso, ficou perfeita e melhorou muito a minha qualidade de vida, mas ainda tenho indicação prá fazer a protese do outro lado (direito), mas estou aguardando um tempo, por enquanto estou muito bem assim.
 Hoje retomei o tratamento com Corticoides - Prednisolona, Hidroxidodecloroquina e um destes antiflamatorios qualquer quando tenho dores.
Mas o fato é que há 11 anos tive um cisto na Tíbia, na época foi feito um enxerto com meu próprio osso, porém 6 anos após a cirurgia, este reincentivou e fui submetida a outra cirurgia, só que desta vez utilizando "cimento cirurgico" para preenchimento do local lesionado. Hoje após 5 anos o material começou a ser rejeitado provocando infecções, inclusive micro-fraturas na Tíbia, o que ocasiona dores insuportáveis. Como a situação está pior, terei que me submeter desta vez a um transplante ósseo.

Diante desta constatação é que interei-me do quão difícil é conseguir este transplante: pelo baixo numero de "doadores" e “doações”  em  consequência da pouca divulgação, conhecimento e sensibilização da população à respeito da doação de ossos; pelas  exigências legais para capacitação e credenciamento de equipes técnicas  para realização da retirada, processamento e armazenamento do material; pelas exigências legais para criação de "Banco de ossos" nos hospitais  e  pelo  alto custo  para manutenção do mesmo. 

Sinto-me sensibilizada diante da complexidade para realização deste transplante, porém determinada a contribuir  para que as pessoas tomem conhecimento á respeito da  "Doação de Ossos" e sua finalidade, que é proporcionar na maioria dos "casos", Qualidade de Vida para muitas pessoas! 

8 de mai. de 2010

Agradecimento

Quero registrar aqui meu agradecimento especial á jornalista Larissa Jansen, que tem me  assistido com informações e incentivo  para que eu possa seguir  em frente com este projeto.
Com o seu trabalho e muita  determinação,  Larissa conseguiu consolidar na mídia  - Livro, Blog, Rádio, Revistas, etc -  uma coletânea de informações sobre  o "Transplante Ósseo" e  campanhas de divulgação da  "Doação de Ossos", contribuindo  para a realização  do encontro, da reabilitação e da  qualidade de vida para muitas pessoas.
Obrigada pela sua genorosidade!